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Conferência Legalink contou com a participação de Durão Barroso

SÉRVULO NA IMPRENSA 18 Mai 2018 in Expresso Diário

O presidente não executivo da Goldman Sachs esteve esta sexta-feira em Lisboa, para participar num encontro internacional de advogados. Passou em revista vários temas e lançou uma pergunta à plateia: “Como será o mundo daqui a 10, 20 ou 30 anos?” 

“A organização do mundo em que vivemos foi criada pelos Estados Unidos da América, mas são precisamente os EUA que estão a mudar as regras tradicionais de diplomacia e respeito”. A afirmação é de Durão Barroso, atual presidente não executivo da Goldman Sachs International. O antigo primeiro-ministro português afirma que o presidente norte-americano, Donald Trump, não só “mudou a forma como fazemos comunicação e política”, como eliminou acordos internacionais de impacto relevante. Os exemplos que deu vão desde a saída do acordo de Paris sobre as alterações climáticas até à Parceria Transpacífico (TTP, na sigla inglesa). “Há um antes e um depois de Trump”, enfatizou, durante a sua intervenção sobre Os Constrangimentos Geopolíticos aos Negócios Internacionais. 
 
Os nacionalismos e populismos na Europa e no mundo também foram destacados pelo ex-presidente da Comissão Europeia como fatores de instabilidade política. Embora defenda que a Europa não deve ser arrogante a lidar com países nacionalistas, reconhece que estes movimentos crescentes são motivo de preocupação. “Hoje a hostilidade prevalece sobre a hospitalidade”. Durão Barroso refere ainda as novas guerras do século XXI: o terrorismo e os ciberataques. Acredita que a fase de grande volatilidade económica a nível mundial já passou, mas que “estamos numa fase de maior volatilidade política”. Em Lisboa, esta sexta-feira, durante o Legalink (encontro internacional de advogados que desde 2001 não acontecia em Portugal), Barroso referiu também os conflitos e tensões crescentes entre Estados como Israel e Palestina ou a Coreia do Norte e a Coreia do Sul . “Trata-se de conflitos latentes e perigosos.” 

Num exercício de futurismo, Durão Barroso tenta responder a uma pergunta que lhe costumam dirigir. “Acredita que a globalização vai acabar por causa do nacionalismo, guerras e problemas de identidade?” Mas acaba por lançar o desafio à plateia de advogados , na qual se inclui a SÉRVULO (organizadora da conferência). “Como será o mundo daqui a 10, 20 ou 30 anos?”, questiona. “Vamos ter mais trocas comerciais e financeiras, viagens internacionais, transmissão de dados, partilha de conhecimento científico e tecnológico?”. Não espera pela resposta. Diz não saber, mas acredita que sim. Para o ex-presidente da Comissão, é normal haver alguma resistência onde há mudança. “Estou otimista e confiante. Acredito que continuará a haver progresso”, mas o caminho não é fácil. “Esta é uma estrada acidentada, por isso apertem os cintos”, alerta.

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