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Fundos florestais e mercado voluntário de carbono

SÉRVULO IN THE PRESS 09 Mar 2023 in ECO

A indústria de gestão de ativos assiste com atenção à iniciativa do Governo de discussão, através de consulta pública, de um projeto que visa regular o mercado voluntário de créditos de carbono. Paulo Câmara e José Eduardo Oliveira consideram que os fundos florestais virão a desempenhar um papel central no futuro mercado voluntário de carbono. 

De um lado, os fundos florestais são uma figura regulada em Portugal desde há muitos anos, sendo enquadrados como organismos de investimento coletivo imobiliários, não apenas ao abrigo do atual Regime Geral de Organismos de Investimento Coletivo, mas também no futuro Regime de Gestão de Ativos, na versão proposta conhecida. Além disso, gozam de um tratamento favorável no Estatuto dos Benefícios Fiscais.

De outro lado, estes fundos têm o condão de estabelecer a ligação entre, de um lado, os projetos florestais e, de outro lado, a comunidade de investidores. À atração pelo investimento florestal subjaz não apenas um racional financeiro, mas também o interesse na utilização dos créditos de carbono para a convergência no sentido da neutralidade carbónica. Por este motivo, na comercialização de produtos financeiros, os testes de adequação em caso de gestão de carteiras e consultoria para investimento devem igualmente considerar as preferências dos investidores em matéria de sustentabilidade.

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